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domingo, 11 de setembro de 2011


                             DIFICULDADE NA LEITURA E ESCRITA

  
                                                                                                                                                                                                         
                                                                                                    
                                                                                                          CARLOTA NUNES DE ALMEIDA. 1

RESUMO



Este artigo traz como ponto principal os recursos de acessibilidade para o aprendizado da leitura e escrita. Nele analisaremos a forma que educadores e pais vêem o aprendizado por parte das pessoas com dificuldade em aprender.  Na visão de alguns pesquisadores e de experiência dos próprios autores de trabalhos desenvolvidos em pesquisa, com o propósito de informar e trazer para a sociedade e, mais precisamente, aos educadores e educandos uma visão positiva diferenciada do trabalho com pessoas com dificuldade de aprendizagem. Através da pesquisa feita, constata-se a necessidade urgente de uma mudança de prática por parte de alguns professores para que realmente tenhamos cidadãos  atuante e críticos.

Palavras-chave: Dificuldades. Aprendizagem. Incentivo.






INTRODUÇÃO

O presente artigo foi elaborado de acordo com pesquisas teóricas sobre a importância da leitura e escrita, observação do campo de estudo, numa escola da rede Municipal localizada no município de Mucajaí e a análise acerca da falta de incentivo à leitura e escrita por parte de alguns professores e, por conseguinte, da escola, estabelecendo uma comparação entre a teoria e a prática.
Nosso envolvimento com o objeto de estudo surgiu a partir do momento em que, enquanto docentes e coordenadores pedagógicos, percebemos a necessidade de refletir quanto à prática pedagógica que favorece uma aprendizagem significativa.


1.  Trabalho de conclusão de curso apresentado como requisito para a obtenção do grau de pós graduação em Psicopedagogia sob orientação da professora Alda da Silva
2.   Acadêmico do curso de Pós Graduação em Psicopedagogia da Faculdade de Ciências, Educação e Teologia do Norte do Brasil-FACETEN-2009.


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Na ocasião, tivemos a oportunidade de constatar o quanto uma má formação pedagógica pode prejudicar no desenvolvimento do educando e por outro lado, verificamos o quanto é importante o estímulo à leitura e escrita para uma boa formação de cidadãos críticos, atuantes e pensantes.

Partindo do princípio de que para haver uma aprendizagem prazerosa e significativa para os alunos é necessário que o ambiente como um todo seja favorável a isso, sentimos a necessidade de nos deleitar sobre algumas obras de grandes autores para que pudéssemos ter subsídios orientadores para essa pesquisa.

Para o desenvolvimento deste trabalho, além das observações feitas, foi realizada uma palestra com as equipes docente e técnica a qual teve o objetivo de promover uma reflexão dos participantes quanto ao método educativo empregado em que não há a valorização da leitura e escrita, oportunizando nesse momento situações em que os profissionais fizessem uma auto avaliação de sua metodologia em sala de aula bem como, possibilitasse uma troca de experiências que viessem a beneficiar a escola como um todo.

A pesquisa foi desenvolvida em escola Municipais nas séries Iniciais do Ensino Fundamental, com alunos de 1ª a 4ª séries. Observamos que a maioria dos alunos tem uma boa relação com seus colegas e professores, sendo que o comportamento emocional destes é bastante equilibrado. No entanto, possuem dificuldades em relação às atividades que exigem a leitura coletiva em sala de aula.

Este artigo tem como objetivo esclarecer alguns aspectos históricos da leitura em nossa sociedade e sua importância; demonstrar a necessidade de atividades lúdicas no trabalho com a leitura, visando à concentração, compreensão e interpretação do conteúdo que está sendo lido. Abordaremos também a necessidade de oportunizarmos o acesso a diversos materiais de leitura como, por exemplo, livros infantis, revistas, cartazes, placas, rótulos, entre outros.





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Por fim, enfatizamos a relevância do trabalho exposto frente à nossa formação pedagógica bem como a experiência pessoal de conhecer uma realidade escolar na qual ainda se tem uma prática pedagógica que não proporciona à criança uma aprendizagem crítica e autônoma, haja vista, o desconhecimento por parte dos educadores dessa instituição que não têm contribuído para uma educação consciente, necessitando urgentemente de uma mudança de postura diante do processo ensino-aprendizagem para que tenhamos em nossa sociedade, sujeitos de suas próprias histórias.

Para que uma escola venha a contribuir na formação de pessoas ativas, faz-se necessário que seja aplicada uma pedagogia que valorize a formação humana, propondo às crianças situações de aprendizagens nas quais elas possam se envolver de forma dinâmica e prazerosa.

A FALTA DE INCENTIVO À LEITURA E ESCRITA

O desenvolvimento da leitura e escrita são grandes desafios da educação atual, pois vivemos num mundo orientado por elas. As crianças muito precocemente, passam a conviver intensamente com a linguagem escrita. Como por exemplos prateleira de supermercado, jornais, revistas, placas de informação e muitos outros recursos estão o tempo todo presente no nosso dia-a-dia.

A prática da leitura e escrita é necessária para o desenvolvimento da cidadania e profissionalismo. É uma ferramenta essencial para o processo de ensino-aprendizagem, pois possibilita um aprendizado consistente, possibilitando a construção do processo de conhecimento.

Para o aluno não basta identificar as palavras, mas sim compreender, interpretar, relacionar e internalizar o que for mais relevante e significativo para ele naquele momento.

A leitura se praticada já nos anos iniciais do Ensino Fundamental, contribui na formação de leitores. Se estimularmos à leitura e a escrita, o hábito e o gosto acontecerão naturalmente, possibilitando ao aluno a compreensão dos conteúdos escolares em todas as disciplinas.



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Por este motivo é que, neste artigo, abordaremos um trabalho de pesquisa voltado à leitura e a escrita através de atividades diversificadas, visando o aprendizado da leitura e escrita de forma lúdica. Diante dessa variedade de situações, a criança presta atenção, procura compreender e tenta imitar.

Usam a leitura e a escrita como formas de brincar e acabam lendo e escrevendo de verdade.

É importante perceber se a escola tem incentivado às crianças a lerem e escreverem corretamente e prazerosamente ou tem vivenciado essas habilidades como formas de punição às diversas situações comportamentais ocorridas em sala de aula ou simplesmente usam a leitura e escrita para cumprir com conteúdos já prontos, sem dar abertura para que as crianças conheçam situações significativas nas quais possam se aperfeiçoar e sentirem prazer em ler e escrever.   
                                                                                                          
Nessa direção, preocupados com o tipo de ensino que ainda vem sendo dado às crianças nas diversas escolas do nosso país, delineamos o referido trabalho tendo como objetivo a verificação da ação do professor na sala de aula quanto ao incentivo à leitura e escrita e a intervenção no processo ensino-aprendizagem no sentido de propor alternativas que auxiliem o professor na sua dinâmica de trabalho junto aos alunos.

Sabemos que é primordial estarmos inseridos em uma sociedade que nos permita ter acesso a uma escola digna, e que essa escola nos ofereça condições básicas para aprimorar nossos conhecimentos, como por exemplo, nos ensinar a trabalhar com a diversidade de textos. É importante que a escola trabalhe com essa diversidade, buscando atender a demanda social de cada momento. Para isso, a educação deve criar condições para que o aluno, através do exercício de reflexão e do uso eficaz da linguagem, produza textos críticos.
Segundo os PCNS,(Parâmetros Curriculares Nacionais), cabe à escola viabilizar o acesso do aluno ao universo dos textos que circulam socialmente, ensinar a produzi-los e a interpreta-los.
                                                                                                                                             
                                                                                                                                             
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O acesso a textos de modo sistemático faz com que o aluno crie conceitos e tenha plena participação numa sociedade letrada. Para que a criança construa bons textos, é preciso despertar nela, desde cedo o gosto pela leitura.  A leitura é fundamental no desenvolvimento de um texto.

Mas, para isso, é preciso gostar daquilo que se pretende ler, pois para que a criança aprenda a gostar da leitura é preciso antes de tudo aprender a manusear o livro, observar, degustar e experimentar a leitura, para depois poder selecionar aquilo que realmente lhe interessa.

A leitura se torna interessante quando aprendemos a gostar daquilo que estamos lendo, só assim é possível se entregar a ela.

Outro fator importante para que se desperte o interesse pela leitura e escrita é ensinar às crianças a explorar os textos, porque é através deles que elas vão descobrir se realmente aquele livro interessa-se.

 Além de ajudar na produção de bons textos, a leitura escrita auxilia e muito a desenvolver a linguagem e a coordenação motora, fazendo com que a criança disponha de um vocabulário mais amplo e, com isso, tenha condições de desenvolver suas dificuldades de ler e escrever.

Um bom vocabulário é fundamental na vida escolar da criança e é por isso que a Psicolingüística se preocupa em estudar como a criança aprende a falar e as condições que ela tem para produzir a escrita.

Dentro de seu estudo, a Psicolingüística procura ver o indivíduo de uma forma ampla, totalizante, considerando o estudo do desenvolvimento da linguagem, o lado físico, psicológico e social da criança.

Entendemos que é preciso deixar que a criança aprenda por si mesma, é claro que com a mediação do professor, buscando de uma forma contextualizada, introduzir as regras gramaticais, pois a linguagem oral aceita qualquer tipo de dialeto, a escrita não.                                                                                                                           
                                                                                                                         
É importante reforçar nos alunos a sensibilidade para diferentes atividades, conscientizando-os da existência de variações dialetais e do seu prestígio social relativo.

A escrita e o desenvolvimento da linguagem estão todos ligados à leitura. Pois é através dela que a criança poderá aprender regras e identificar diferentes formas de aperfeiçoar a escrita e a sua fala, além de despertar a imaginação e a criatividade para a produção de bons textos.

Para que se desperte o interesse da criança pela leitura e escrita, é necessário que desde cedo a escola busque maneiras diversificadas de chamar a atenção para esse fator, pois só assim poderemos formar cidadãos críticos e participativos na construção de uma sociedade igual para todos, uma sociedade onde todos terão o direito de praticar sua cidadania.                                                                                                                              
A leitura é a extensão da escola na vida da pessoa. A maioria do que se deve aprender na vida terá de ser conseguindo através da leitura fora da escola. A leitura é uma herança do que qualquer diploma.
O ato de ler deve ser tão espontâneo quanto da fala, o processo da alfabetização inicia-se com atividades orais com o diálogo do professor e aluno, comentários de fatos relatados por eles. Pois a leitura deve ser um ato dinâmico no qual o leitor interage como texto e formar uma consciência crítica e não um simples ato de decifração de códigos pelo qual o professor vai avaliar o desempenho do aluno. Se a leitura é uma interação, precisamos identificar na sala de aula a finalidade da leitura. Conhecendo esta finalidade poderemos entender a sua importância, a sua necessidade para que ela deixe de ser trabalhada como um ato mecânico sem sentido, sem objetivo.                                                                                                            
IMPORTÂNCIA DA LEITURA E ESCRITA
A apropriação da leitura e escrita deve se dar de forma significativa, a importância do saber ler e escrever deve ser mostrada como uma necessidade para o acesso à cultura letrada
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O professor deve estar preparado para sugerir situações que levem os alunos a se sentirem motivados a aprender, para isso, ele deve ter ciência de que qualquer atividade que venha a ser realizada sem objetivos e sem planejamento poderá fazer com que a criança se sinta desinteressada em realizar tal tarefa ou até mesmo seja desestimulada a freqüentar a escola, podendo dessa forma levá-la ao fracasso escolar.
O educador deve procurar estratégias para promover uma aprendizagem que se encontre intimamente associada à tomada de consciência da situação real vivida pelo educando, proporcionando ao mesmo, momentos de sistematização e associação, fazendo com que os recursos utilizados por elas possam ser próprios de suas vivências, dessa forma, a leitura e escrita que anteriormente não faziam sentido para elas passam a ter significado, como afirma Freire:
É fundamental, contudo, partirmos de que o homem, ser de relações e não só de contatos, não apenas está no mundo, mas com o mundo. Estar com o mundo resulta de sua abertura à realidade, que o faz ser o ente de relações que é (Freire, 1983, p.39).
As crianças, na escola, não elaboram apenas a escrita em si, mas também o papel da escrita na sociedade, a função da escola em relação à socialização da escrita convencional, a expectativa social quanto a sua aprendizagem e entre outras coisas, os papéis sociais do professor e aluno em jogo nas relações de ensino.
O professor erra quando não dá oportunidade para criança expressar o que já sabe sobre a escrita e também quando ignora seu desejo de dominar de forma eficaz a escrita convencional.
Em meio a essas situações, ele deve facilitar o acesso à língua padrão, propondo atividades que trabalhem a escrita em todas as suas funções e possibilidades, deve encorajar e ajudar as crianças a falar, escrever, divulgar suas produções; lendo e escrevendo para as crianças e com elas; esclarecendo e informando às crianças sobre a escrita bem como tirando suas dúvidas.



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As crianças esperam que o professor exerça seu papel participando com elas do processo de aquisição da leitura e escrita e dando chance de elas poderem expressar o que já sabem, pois elas trazem consigo diversas experiências com a escrita, mas se vêem impedidas de expô-las na escola. Sentem o desejo de aprender, mas nem sempre a escola torna disponível o ensino que elas desejam.
É preciso que a escola estimule as potencialidades do aluno, promovendo um clima de confiança, alegria, cooperação, afetividade e responsabilidade.
No que concerne à aquisição da leitura e escrita, a aprendizagem torna-se eficaz a partir do momento em que o educador parte da simbologia (anúncios, embalagens, rótulos etc.), que cerca o mundo em que o educando vive, para que seja capaz de assimilar novos conhecimentos.
Através da comparação da sua escrita com a escrita convencional, o educando atingirá um equilíbrio de forma gradativa. Percebe-se que muitas vezes o trabalho de sala de aula é desenvolvido apenas através da visão do professor. Daí o educando sente dificuldades na aprendizagem, principalmente quando está em processo de alfabetização.
Caso a escola não trabalhe a função social da escrita, perde-se o sentido real da aprendizagem, que passa a ser apenas o de cumprir as exigências da própria escola (notas, passar de ano) ficando a desejar quanto aos aspectos qualitativos e significativos da aprendizagem.
É crucial que o educador esteja sempre em processo de aperfeiçoamento didático-pedagógico, procurando se atualizar quanto às atuais técnicas e estratégias para uma melhor aquisição da leitura e escrita, como por exemplo, procurar promover atividades que utilizem o lúdico na sala de aula, fazendo assim com que os alunos aprendam não só a ler e escrever como também trocar conhecimentos de forma prazerosa, tornando a aprendizagem agradável, como enfatizam Fontana e Cruz:


                                                                                             
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É possível, no entanto, fazer do jogo um momento de conhecimento e de convivência com as crianças, que nos permite entender seus modos e percursos de apropriação e elaboração do mundo, pois podemos voltar nosso olhar não apenas para aquilo que elas fazem, mas para como elas fazem (Fontana e Cruz, 1997, p.140-141).
                  O educador deve procurar de maneira lúdica, oportunizar o desenvolvimento.                                              da leitura e escrita; procurar incentivar os alunos a lerem por prazer, fazê-los perceber que através da leitura, temos acesso a diversas informações e a vários conhecimentos existentes, e assim, ampliamos nossa forma de ver o mundo.
O enfoque do desenvolvimento da escrita está em fazer uma reflexão de como a mesma vem sendo ensinada por alguns professores, já que, há em muitos casos, o emprego de atividades sem sentido para os alunos e utilização da escrita e leitura como formas de punir por alguma infração, promovendo o desinteresse pelo ato de aprender e assim, desestimulando a ida à escola.
A leitura e escrita muitas vezes, não estão sendo desenvolvidas com o intuito de fazer as crianças perceberem a necessidade da aquisição dessas habilidades e sim, vêm criando um repúdio nos alunos por ter que fazê-las por obrigação, punição ou qualquer outro motivo que não seja o de conhecer um mundo novo de forma diferente, prazerosa e estimulante.
Para atender às atuais exigências da sociedade, faz-se necessário uma mudança de postura para que o acesso à leitura e escrita torne-se algo efetivo e eficaz, pois apesar da presença maciça e diversificada da leitura e da escrita nas atividades que se realizam na escola, vivemos às voltas com altos índices de analfabetismo funcional, evasão e repetência.
E para que essa mudança de postura ocorra é preciso que haja o compromisso em querer mudar. Não se pode permitir que a neutralidade continue a existir diante das situações que nos são impostas, pois assim sendo, continuaremos a ser pessoas facilmente manipuláveis por um sistema educacional que castra qualquer possibilidade de desenvolvimento reflexivo.
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                                                     Conclusão
Concluímos que o aprendizado da leitura e da escrita ocorre naturalmente na vida da criança, a partir do momento em que são oferecidas, a mesma, condições estimuladoras para o desenvolvimento dessa habilidade.
Lendo e escrevendo (ou ouvindo e rabiscando) desde cedo, a criança vai familiarizando-se com esse mundo letrado e ao poucos vai descobrindo as melhores formas de conseguir ler e escrever convencionalmente.
Desta forma, é possível afirmar que a família e escola são intermediadores indispensáveis na aquisição da leitura e da escrita, sendo eles os primeiros a proporcionar à criança momentos de interação com os livros, revistas, jornais, cartazes, rótulos e demais materiais que conduzem ao processo de formação de novas hipóteses, sobre ler e escrever na educação infantil.
Para que a criança obtenha sucesso no mundo da leitura e escrita, faz-se necessário, valorizar o rabisco, as garatujas, os desenhos, as letras e as representações feitas por ela, respeitando, assim as diversas hipóteses que vão surgindo no decorrer do processo de aquisição da linguagem oral e escrita.                                                    
Portanto ler e escrever são atitudes essências para a vida do ser humano, pois através delas ele consegue comunicar-se com os outros, expressarem seus sentimentos e avançar significativamente na apropriação do saber,  e na elaboração de novos conhecimentos.





                                                         
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   REFERÊNCIAS:

CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetização sem o ba, bé, bi, bó, bu. São Paulo: Scipione, 1998.
CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetização e Lingüística: São Paulo: Scipione, 2003.
FONTANA, Roseli A.C. Cruz, Maria Nazaré Da. Psicologia e Trabalho Pedagógico. São Paulo: Atual, 1997.
FREIRE, Paulo: Oficina de Leitura: Teoria e Prática. Campinas, SP: Pontes, 2004.
PARÂMETROS, Curriculares Nacionais dos Temas Transversais. Secretaria de Educação Fundamental. Brasília. MEC/SEF, 1998.
                                                                                                                                                

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