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segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

carlotarr@hotmail.com

Tudo tem sentido. O nosso sofrimento, a nossa alegria, o nosso aprendizado, a nossa luta, a nossa esperança têm uma razão de ser. Se você sofre creia na libertação que virá. Se estas tristes, liberte-se. Se estás alegre, rejubile-se. Que o amor de Deus, transforma a nossa vida.

3 comentários:

  1. Os cinco mandamento da mente do futuro: Na revista planeta de julho de 2007, foi publicada uma repor, tagem muito interessante sobre os cinco mandamentos da mente do futuro: São, *Disciplina,* síntese,* criatividade, *respeito e ética. Howard Garden professor da Harvard University (EUA) descarta a velha e conhecida idéia de Qi( quociente de inteligência)para medir a capacidade do nosso cérebro.
    Disciplina: Acolhe os estímulos e consegue individuar um campo particular no qual eles podem ser aplicados.
    Síntese:habilidades para coletar informações de diversas fontes e as sintetizar de maneira original e sensata.
    Criatividade: Cultiva novas idéias, formula perguntas insólitas, obtém respostas inesperadas. Pode ser alcançada após o desenvolvimento da mente disciplinada e da mente sintética.
    Respeito:Aceita as diferenças entre as pessoas, se esforça para compreender os outros e colaborar com eles.
    trabalho ou ação a os quais ela se dedica. Avalia as necessidades e desejos relativos a esse trabalho ou ação buscando ir mais além dos simples interesses pessoais.

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  2. EU ETIQUETA

    Em minha calça está grudado um nome
    Que não é meu de batismo ou de cartório
    Um nome... estranho.
    Meu blusão traz lembrete de bebida
    Que jamais pus na boca, nessa vida,
    Em minha camiseta, a marca de cigarro
    Que não fumo, até hoje não fumei.
    Minhas meias falam de produtos
    Que nunca experimentei
    Mas são comunicados a meus pés.
    Meu tênis é proclama colorido
    De alguma coisa não provada
    Por este provador de longa idade.
    Meu lenço, meu relógio, meu chaveiro,
    Minha gravata e cinto e escova e pente,
    Meu copo, minha xícara,
    Minha toalha de banho e sabonete,
    Meu isso, meu aquilo.
    Desde a cabeça ao bico dos sapatos,
    São mensagens,
    Letras falantes,
    Gritos visuais,
    Ordens de uso, abuso, reincidências.
    Costume, hábito, permência,
    Indispensabilidade,
    E fazem de mim homem-anúncio itinerante,
    Escravo da matéria anunciada.
    Estou, estou na moda.
    É duro andar na moda, ainda que a moda
    Seja negar minha identidade,
    Trocá-la por mil, açambarcando
    Todas as marcas registradas,
    Todos os logotipos do mercado.
    Com que inocência demito-me de ser
    Eu que antes era e me sabia
    Tão diverso de outros, tão mim mesmo,
    Ser pensante sentinte e solitário
    Com outros seres diversos e conscientes
    De sua humana, invencível condição.
    Agora sou anúncio
    Ora vulgar ora bizarro.
    Em língua nacional ou em qualquer língua
    (Qualquer principalmente.)
    E nisto me comparo, tiro glória
    De minha anulação.
    Não sou - vê lá - anúncio contratado.
    Eu é que mimosamente pago
    Para anunciar, para vender
    Em bares festas praias pérgulas piscinas,
    E bem à vista exibo esta etiqueta
    Global no corpo que desiste
    De ser veste e sandália de uma essência
    Tão viva, independente,
    Que moda ou suborno algum a compromete.
    Onde terei jogado fora
    Meu gosto e capacidade de escolher,
    Minhas idiossincrasias tão pessoais,
    Tão minhas que no rosto se espelhavam
    E cada gesto, cada olhar
    Cada vinco da roupa
    Sou gravado de forma universal,
    Saio da estamparia, não de casa,
    Da vitrine me tiram, recolocam,
    Objeto pulsante mas objeto
    Que se oferece como signo dos outros
    Objetos estáticos, tarifados.
    Por me ostentar assim, tão orgulhoso
    De ser não eu, mas artigo industrial,
    Peço que meu nome retifiquem.
    Já não me convém o título de homem.
    Meu nome novo é Coisa.
    Eu sou a Coisa, coisamente.
    Carlos Drummond de Andrade

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